o nosso tempo sempre foi estranho,
no limite das forças do corpo.
não cheguei a dizer-te que podíamos ter-nos encontrado
junto ao mar, naquele caminho de traves suspensas.
pertinho do castelo. a uns cem metros de ti.
gosto de ficar lá. a perder o chão.
também gosto das chávenas a saber a sal. rudes.
e de cabelos espessos, parados de um encantamento lindíssimo
que só aquelas manhãs de ti conseguem dar.
cheguei a dizer-te que adoro o mar.
engole-me as palavras feias e molha a pele de uma luz
indescritível .
ou, talvez seja como a tua voz, forte.
ou a tua entrega. verdadeira, sempre.
há dias em que me devolve tudo.
muito em dias de ontem, de domingo.
e é insuportável tanta luz.
foto: pedro noel da luz
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