quinta-feira, 30 de abril de 2009

just a little girl trying to be happy in this messy world..
foto: appleapplegreen

This magic moment So different and so new Was like
any other Until I met you And then it
happened It took me by suprise
I knew that you felt it too I could see it by the look in
your eyes Sweeter than wine Softer than
a summer's night Everything I want, I have Whenever I
hold you tight This magic moment While your lips
are close to mine Will last forever Forever
'til the end of time So why won't you
dance with me? Why won't you dance with me?

a um passinho...

como ter o rebuçado desembrulhado e deixá-lo cair
ao fim da primeira lambedela...

foto: jengotch

será esta a mesma chuva que molhou os dinossauros?

tão bom aprender assim...
gustavo aimar

quarta-feira, 29 de abril de 2009

tenho este fraco pela
doçura emprestada
às coisas mais erradas.
confusão silenciosa de quem
sabe o que quer apenas para
os quinze minutos seguintes.
num espaço claustrofóbico de desejo,
na procura de uma ligação em definitivo, num acidente absoluto.
foi tão bom, não foi?
é muito estranho reconhecer que
isto é tudo muito bonito.
olhamos para trás de um modo diferente,
e é tudo.
o corpo às vezes é difícil entendê-lo.
não é contínuo.
e as coisas limitam-se a
acontecer efectivamente.
nos pequenos abandonos quotidianos.
que não nos confrontam com a
possibilidade do fim do amor,
mas do fim de uma relação.
há um ponto a partir do qual quero
adiar o dia em que vou descobrir que
aquela frágil canção de desamor,
fala de patinhos de borracha.
e do último beijo aos primeiros dias de
inocência, não há nada de mais vulnerável.

pedro jordão
foto appleapplegreen
-........sim?
-.............nada...
..ficas tão bonita quando sorris....
....sempre bonita..
............. ..veste as asas, hoje..

(1)appleapplegreen; (2)jengotch

terça-feira, 28 de abril de 2009

a moral das histórias cabe
dentro de vedações pequeninas,
na intimidade que
não se impõe, não se
convida.
tudo o que lhe devia só a ele,
disse-o aos gritos.
mas ninguém sabe ler, no fundo.
porque, sabes como o mundo acaba
quando se fecham os olhos.
foto: appleapplegreen

segunda-feira, 27 de abril de 2009


foto_jen gotch
'uma despedida faz-se
à lâmina
ou não se faz'. porque
o mundo acaba quando
duas pessoas
fazem amor.
em urgência. pelos
cantos canalhas.
rasgam bocas, gritam
corpos.

dedos violados
na alma.
e caem anjos.
se não é isto, tem
outro nome.
também difícil.
que também dói.
mas que se faz com

um sorriso. e
não acaba.


foto: nan goldin

domingo, 26 de abril de 2009

where to, girl?
foto: b.berenika
" as lágrimas são uma unidade de medida de nada."
too many days_appleapplegreen

sábado, 25 de abril de 2009

..escrever tem de ser assim,
por mais que a cultura de massas
sugira leveza nos assuntos e
embelezamentos desresponsabilizadores
e por vezes mesmo irresponsáveis.
é esta a minha convicção,
e por aqui me meço no mundo..
valter hugo mãe
'vai, sê livre'....sê livre....querer...não ser livre....
livre...ser....'não te livres de...mim'...'feliz?'....'pergunta de
uma vida'....ser livre..não ser livre...não ser, ser...
.......que livre? o que é que estás a dizer?..poderes dizer...
palavra estranha....tão contradição..
foto: olga roriz
…..(invisible)..(go visible)…x wants to be your ‘friend’…
what are you doing?..follow me..stay connected..share your life….
'andamos todos um pouco vazios, um pouco em busca de algo que
dificilmente encontraremos se nos mantivermos..'
na suspensão dos passos…..
delete….
foto: fred muram

sexta-feira, 24 de abril de 2009

......'sinto que
nos
roubámos
um
ao
outro'.......

quinta-feira, 23 de abril de 2009

quarta-feira, 22 de abril de 2009


silênciosilênciosilênciosilênciosilênciosilênciosilênciosilênciosilêncio

'i'm too tired to be honest but you could just be with me'
foto: nan goldin
trago os instrumentos
da respiração.
ponho-os na boca
e suspendo-os.
olhar profundo na
ocupação permanente
das mãos.
instrumento difícil
do silêncio.


trago os instrumentos do fogo
daniel faria
foto: appleapplegreen
onde há-de caber sempre
o rosto de uma figura [..]
sobre um mar de nuvens


na solidão da mesma noite
rui lage
foto: 'joana linda'

terça-feira, 21 de abril de 2009

sons, sons..para silêncio de palavras




milhares de segredos do passado
saem dos esconderijos para
se iluminarem
Nietzsche; foto: 'joana linda'

segunda-feira, 20 de abril de 2009

goza-se a virgindade de cada vez
benédicte houart
foto: rita rocha

domingo, 19 de abril de 2009

how much is your life worth in 10 minutes?

vida em 12 actos_história da ilusão

sábado, 18 de abril de 2009

sexta-feira, 17 de abril de 2009

a recusa é doce e um homem geme
estica o corpo até às nuvens
cose as nuvens umas às outras
monta um carrossel para se aquecer
um homem não chora a não ser
quando geme nos braços de quem
o prendeu pela boca
(e o silêncio carrega anjos
que disparatam. vestidos ardem)


benédicte houart (adapt.)
foto: erika svensson
sou tão obviamente rapariga que
até irrita ser tanto alguma coisa
que se torna rigorosamente
impenetrável
e onde há raparigas há
roupa interior de molho
água encarnada nos olhos
benédicte houart
foto: emilie bjork

quinta-feira, 16 de abril de 2009

terça-feira, 14 de abril de 2009








peter zumthor_prémio pritzker 2009

segunda-feira, 13 de abril de 2009

i am building a world for you
exploding dog

domingo, 12 de abril de 2009

sábado, 11 de abril de 2009

sexta-feira, 10 de abril de 2009

ainda o tédio da ausência:
a boca sem o efémero abismo
da língua
teresa leonor vale
foto: rita rocha
leve-me consigo como se eu fosse
uma mulher da rua murmurando
hoje é de graça
se não ficar satisfeito
é reembolsado
prometo
com juras e tudo
eu é que agradeço
vida:variações
bénédicte houart
foto: rita rocha
lambes com os dedos o interior das ancas
teresa leonor vale
foto: rita rocha

quinta-feira, 9 de abril de 2009


lindo, lindo, lindo...obrigada, n.!!

quarta-feira, 8 de abril de 2009

fim de tarde de incêndios.
caminhamos invisíveis,
habituando os olhos ao
brilho da luz que se refracta
nas montras. como
a alice dos dois lados do vidro,
que julga ser um espelho.
e o vidro é espelho.
não reflecte apenas o mundo,
impede-o de entrar pelas janelas.
‘fecha os olhos. ou não. tanto faz.’
jogos de mãos que percorrem
o interior do vazio.
e o exterior da pele.
pontas de longos dedos
tamborilam o tampo das
mesas de café.
à luz laranja das garrafas
falo-te da fragilidade do corpo
que culmina na dança.
e tenho medo de tocar-te nos pontos
mais frágeis. porque
o teu corpo só se ergue inteiro
quando te despedaças contra
os meus braços abertos.
enquanto dormias coloquei-te
sobre o mar.
e mergulhei de profundidade.
não conto a ninguém o que
vimos sob a pele nocturna.
o cérebro como uma medusa.
a pulsar contra a maré de músculos.
tremer de líquidos. apenas.
atravessei o quarto.
jornais pelo chão, pelo corredor,
enquanto continuavas
a boiar sobre a cama.
e o dia seguinte à loucura é
de grande desarrumação.
talvez por isso nos sintamos
desconfortáveis.
são os teus pulmões que

nos têm mantido à tona.
na dificuldade de movimento de
um corpo leve num mundo de
matéria densa.
‘não saias já. quero
convencer-te a ficar.’
mas quando amanhece
o amolador passa.
entre o silêncio e o encantamento

passa com a bicicleta pela mão e
a música repetitiva do seu

instrumento frágil
que perturbou infâncias.
e sobre as ruas começa a chover.
sempre foi fragmentária a
memória da imaginação.


fórmulas (adapt.)_tiago araújo
não. porque
ainda não tive tempo
de me vestir.
e ainda fujo desta nossa teia

de ruas, cafés, teatros e
poesias. é que
são tantos e eu só agora
vejo que dói a claridade
do corpo.
depois digo-te.


foto: susana neves_NEC (núcleo de experimentação coreográfica)
‘desculpa.
devo-te um mundo.
devo-te uma alma inteira.’
mas sabes que não se deve
o que não se pode dar.
o perdoar só acontece de
alguma coisa feia e os

sorrisos agradecem-se
com dedos gelados.

sempre a tremer.
a tua alma, já disse, engoli-a.
agrafei o sentir ao tempo

e fechei-os numa caixinha de
picos melodia.
ouves? ouves as palavras ?

terça-feira, 7 de abril de 2009

deve-se estar sempre embriagado.
para não sentir o tempo.
e se alguma vez acordais já
diminuída ou desaparecida a
embriaguez, perguntai a tudo o
que foge, a tudo o que geme, a
tudo o que fala, que horas são.
e o vento, a estrela, o relógio
responderão:
são horas de vos embriagardes
sem cessar! não com excitantes
vulgares, como o absinto, o café,
a eritroxílea ou mesmo a coca.
nada que tenha a ver com médicos.
nada de pura fisiologia.
quero provar que os buscadores de
paraísos fazem o seu inferno,
preparam-no, cavam-no com um
resultado cuja previsão talvez os
horrorizasse.
embriaguem-se de vinho,
de poesia, de virtude,
à vossa escolha.

os paraísos artificiais (adapt.)_baudelaire
foto:lina scheynius

para ti, hoje nesse mundo do fim do mundo. os bilhetes estão quase, quase.. caramba, tinha que ter um (duplo) nome tão bonito!
caminham em linha recta.
na cegueira da luz.
nas intermitências
das limitações,
fazem amor. fazem ódio.
fazem nada.
nesse desajuste de
vida dupla,
diz-lhe que em princípio, é um fim.
palavras que substituem, coexistem,
antecipam existências.
imensas, imersas no silêncio dos possíveis.

e não é com os lábios que se toca a alma.
é com possibilidades. que pedem força nos dedos
para desenhar encruzilhadas.
‘estás a ver as horas?’...
pede-lhe desculpa. pede-lhe que
acredite que quer muito ignorar as palavras.
reconciliar-se de
camadas e contradições.
mesmo não sendo verdade,
faz todo o sentido.
‘não te chateies, sim?’
e diz-lhe a simplicidade de partes
imensas do universo.


foto: "corrente"_rodrigo areias

segunda-feira, 6 de abril de 2009

maravilhoso ceuta..

posso despir a pele?
foto: daniel oliveira

domingo, 5 de abril de 2009

absolutamente fabuloso..





"I'm a marionette" - Mert Alas & Marcus Piggott

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