Queria que me deixasses adormecer em posição fetal no teu corpo e me protegesses porque, perco o corpo com facilidade. Queria sorrir contigo, rir contigo, dar-te a mão, sentir-te chorar. Estar em silêncio. E sentir aquele cheiro único do café de manhã na cama. E ver o mar. E deitar a cabeça no teu peito num banco de jardim enquanto líamos uns poemas, ou escrevíamos. E subir os Clérigos para estar mais perto de qualquer coisa bonita. E fazermos compras, aquelas compras do dia-a-dia que só faz quem está junto com alguém. Ouvir a tua música e fazer amor com todas as guitarras ao teu lado, no chão, parede, cama, sofá de névoa e distorção.
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