domingo, 22 de fevereiro de 2009

na margem interior da fronteira,
que outros preferem chamar beco sem saída,
-B. matou-se.
claro que todas as fronteiras são mentais,
e no caso de B. melhor seria falar de duas.
de modo que B. se matou entre a margem
interior e a crista de um pensamento que
já não se desviava dele.
para catapultar-se, tomou aquelas raízes de
um alcalóide que tinha classificado, e,
lançando-se sobre a enxerga de troços fusiformes, encontrou por fim o que buscava: rua de uma só direcção em que todos os números estão apagados, e os brancos pedúnculos mentais desvanecem-se numa matéria de sonho.

(mandrágora)
pedro marqués de armas_'cabeças'

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