com os ruídos da rua.
o rosto fixado, por uns instantes,
o rosto fixado, por uns instantes,
no primeiro café, a devolver a mesma
inquietação que saboreio, enquanto espero que o líquido arrefeça.
por baixo da mesa, sinto o teu pé tocar-me a perna.
puxo-te para fora da moldura.
vamos embora.
por baixo da mesa, sinto o teu pé tocar-me a perna.
puxo-te para fora da moldura.
vamos embora.
para onde fogem os amantes?
em que eternidade repousam?
espaço em branco. entre duas mãos.
espaço em branco. entre duas mãos.
podia ser aí.
mundo impenetrável.
mundo impenetrável.
e não sei como acabá-lo.
e um espelho não se pode
e um espelho não se pode
olhar muito tempo.
porque o céu da manhã é dos que
porque o céu da manhã é dos que
mudam com as variações da alma.
e são as mais estranhas memórias
e são as mais estranhas memórias
as que descem pela parede.
espera que a maré suba,
espera que a maré suba,
para tomares uma decisão.
talvez te apeteça voltar para dentro.
talvez te apeteça voltar para dentro.
pedro, lembrando inês (adapt.)
nuno júdice
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