quinta-feira, 14 de maio de 2009

o corpo descosido pede
baixinho quantas mãos..
mais do que muitas.
o sorriso aberto de quem
não tem nada a temer.
a dois mil metros de
altitude, as palavras
parecem derreter na boca
mas foi do silêncio que
o tiro partiu.
tudo se torna tão improvável
para não poder deixar de ser
estrondosamente verdadeiro.
é o que dá tomar realidades
por milagres.
ou o inverso.
todas as mulheres são
meninas até morrer.
por vezes chego a acreditar.


aluimentos (adapt.)
benédicte houart
foto: monika manowska

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