quinta-feira, 25 de junho de 2009

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(onde estás?)
aqui. agora. a amar-te. despojado e mau.
nem te sei dizer mais nada. decadência personificada.
sem capacidade de premonição.
gosto como te alimentas. com as mãos.
(contradições e sobretudo beleza.. )
se as trocarmos, podíamos dizer um mundo.
lembras-te? tão 'obrigado' por ti...
quantas linhas conseguimos encher?
(e estou a falar de tudo. literalmente.)
não respondas. não quero mesmo.
seremos nós a compor o próximo clássico. mesmo que
nunca venhas a ser-me presente.
estranho.. tenho a sensação que te vi lá.
naquela dança crua. a tirar imagens da cabeça.
vejo-te sempre. onde estás e onde não estás.
uma devoção. irracional, sei.
pedimos desculpa ao mundo.
e prometo dizer nos silêncios de impossíveis um
principalmente muito. principalmente sempre.
cíclico. inevitável. cruel.
dentro de ti..se me perguntas o que sinto..
titubeante, frenético, insano, como que
numa primeira vez, como que numa milésima vez.
neste entre-mundos, és-me urgente.
mesmo não conhecendo nada de ti. para além de ti.


foto: nan goldin
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