domingo, 7 de junho de 2009

os movimentos da minha língua
no teu corpo. sem cessar.
como a lua quando mais luz.
embalo-te em canções..
única criança a sentir
a melodia do meu desejo.
eu, de pele toda aberta,
fui abrindo rios de sangue
nas tuas palavras corpo.
um anjo passou-me
lentamente pelas veias.

à ponta do bisturi.
pousou-me nas pálpebras.

gemi-me. pedi-me.
os verbos fizeram-se carne,
transpirando ar dos pulmões.
e as palavras arderam tanto
que me vieram à boca.


quando mais luz (adapt.)
josé felix duque

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