sábado, 25 de julho de 2009

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tudo ou nada. intensamente. febrilmente.
uma violência. tu.
sem desprendimentos, dança no quarto.
com os imensos restos presos no corpo.
[por vezes fecha-o. zanga-se com ele.]
e é quando te sinto mais. ou imagino.
nas imagens, cores. nesgas de ti.
pergunto-me como pode um coração
caber numa caixinha.
e tentas. vendes sonhos.
enquanto rodopias naquela cadeira.
altar improvisado.
[diz-me que tenho uma voz forte.
de quem sabe para onde vai.
e eu digo-lhe que tenho dias.
de silêncio. das coisas devagar.
com uma frieza desarmante
dá-se. absorve-me. guarda-me.
em todas as marcas. à flor da pele.]
já respiraste hoje?
compulsiva. doentia. menina frágil.
[e dá-me o céu para ouvir violinos.]
no mapa do teu sorriso desenho estrelas.
sabes que adoro estrelas.
um dia levo-te. por esta minha cidade.
só porque sim. só porque bonito.
não perguntes. não faças perguntas.
[por vezes também se despe. em

coreografias desenhadas de infinito.
matemáticas impossíveis.
e depois repousa. recompõe-se.
nas intermitências. ]
continuo sem perceber como se anilha uma borboleta.
shh, fecha a porta do quarto..
neste sonho todos falam, mesmo as gaivotas..

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