quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Cada instante é um lugar perdido em que
te entregas à passagem do tempo.
A juventude é um vício que perdemos
inevitavelmente. Dizer: é breve o amor,
efémera a vida.

Somos uma instância museológica, algo anacrónico
que aprende a perdurar pelo medo de morrer.
Toca-me, conjuga um verbo que conheças no
presente do indicativo, soletra-o na segunda
pessoa do singular ao meu ouvido, dá-me
qualquer coisa que me pareça eterno.

Basta-me que o teu olhar me encontre.

Para Morrer
José Rui Teixeira

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