sábado, 4 de abril de 2009

Hoje em dia, o maior desafio que as pessoas enfrentam, logo pela manhã, é decidir quem querem ser. E isso envolve criatividade. Há uma enorme pressão para ser criativo que foi intensificada por esta noção de que todos nós temos este destino individual único, [..] uma narrativa especial, uma intuição especial, uma qualquer forma de redenção que vai encher as nossas vidas de significado.
Esta maravilhosa narrativa que nos vai permitir descobrir a marca "Eu" e é tudo uma ficção. Tudo nos é servido embalado, pronto a consumir e nós gostamos desta fantasia, é giro. Ao contrário do que acontece com a inteligência, onde todos aceitamos que há umas pessoas muito mais inteligentes que nós, [..] quando falamos de criatividade não conseguimos dizer: há pessoas que não são muito criativas, há pessoas que são fantasticamente criativas e a maior parte está algures no meio. Desenvolvemos esta fixação, este mito, de que somos todos imensamente criativos. Em grande medida é um problema de linguagem. Acho que confundimos criatividade com sermos capazes de usar os miolos com alguma inteligência. Mas há uma grande diferença entre fazer isso e ser capaz de fazer alguma coisa que tenha significado. A definição de criatividade que eu gosto de usar é "a capacidade de fazer algo novo e original que as pessoas achem significativo".
E o sinal de que alguém é interessante e vai fazer alguma coisa significativa é alguém que é obsessivo, compulsivo (geralmente de uma forma saudável, mas nem sempre de uma forma saudável), alguém que faz uma coisa não porque lhe pedem, não porque é pago para fazer isso, mas porque está obcecado por isso, porque não pode deixar de o fazer...


Managing Creative people_Gordon Torr
[in irmandadedoeter]

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