quinta-feira, 30 de abril de 2009
any other Until I met you And then it
happened It took me by suprise
I knew that you felt it too I could see it by the look in
your eyes Sweeter than wine Softer than
a summer's night Everything I want, I have Whenever I
hold you tight This magic moment While your lips
are close to mine Will last forever Forever
'til the end of time So why won't you
dance with me? Why won't you dance with me?
quarta-feira, 29 de abril de 2009
tenho este fraco pela
doçura emprestada
às coisas mais erradas.
confusão silenciosa de quem
confusão silenciosa de quem
sabe o que quer apenas para
os quinze minutos seguintes.
num espaço claustrofóbico de desejo, na procura de uma ligação em definitivo, num acidente absoluto.
foi tão bom, não foi?
é muito estranho reconhecer que
num espaço claustrofóbico de desejo, na procura de uma ligação em definitivo, num acidente absoluto.
foi tão bom, não foi?
é muito estranho reconhecer que
isto é tudo muito bonito.
olhamos para trás de um modo diferente,
e é tudo.
o corpo às vezes é difícil entendê-lo.
o corpo às vezes é difícil entendê-lo.
não é contínuo.
e as coisas limitam-se a
e as coisas limitam-se a
acontecer efectivamente.
nos pequenos abandonos quotidianos.
que não nos confrontam com a
possibilidade do fim do amor,
mas do fim de uma relação.
há um ponto a partir do qual quero
há um ponto a partir do qual quero
adiar o dia em que vou descobrir que
aquela frágil canção de desamor,
fala de patinhos de borracha.
e do último beijo aos primeiros dias de
e do último beijo aos primeiros dias de
inocência, não há nada de mais vulnerável.
pedro jordão
foto appleapplegreen
terça-feira, 28 de abril de 2009
segunda-feira, 27 de abril de 2009
'uma despedida faz-se
à lâmina
ou não se faz'. porque
o mundo acaba quando
duas pessoas
fazem amor.
em urgência. pelos
cantos canalhas.
rasgam bocas, gritam
corpos.
dedos violados
na alma.
e caem anjos.
se não é isto, tem
outro nome.
também difícil.
que também dói.
mas que se faz com
um sorriso. e
não acaba.
foto: nan goldin
à lâmina
ou não se faz'. porque
o mundo acaba quando
duas pessoas
fazem amor.
em urgência. pelos
cantos canalhas.
rasgam bocas, gritam
corpos.
dedos violados
na alma.
e caem anjos.
se não é isto, tem
outro nome.
também difícil.
que também dói.
mas que se faz com
um sorriso. e
não acaba.
foto: nan goldin
sábado, 25 de abril de 2009
sexta-feira, 24 de abril de 2009
quinta-feira, 23 de abril de 2009
quarta-feira, 22 de abril de 2009
terça-feira, 21 de abril de 2009
domingo, 19 de abril de 2009
sábado, 18 de abril de 2009
sexta-feira, 17 de abril de 2009
a recusa é doce e um homem geme
estica o corpo até às nuvens
cose as nuvens umas às outras
monta um carrossel para se aquecer
um homem não chora a não ser
quando geme nos braços de quem
o prendeu pela boca
(e o silêncio carrega anjos
que disparatam. vestidos ardem)
estica o corpo até às nuvens
cose as nuvens umas às outras
monta um carrossel para se aquecer
um homem não chora a não ser
quando geme nos braços de quem
o prendeu pela boca
(e o silêncio carrega anjos
que disparatam. vestidos ardem)
benédicte houart (adapt.)
foto: erika svensson
quinta-feira, 16 de abril de 2009
terça-feira, 14 de abril de 2009
segunda-feira, 13 de abril de 2009
domingo, 12 de abril de 2009
sábado, 11 de abril de 2009
sexta-feira, 10 de abril de 2009
quinta-feira, 9 de abril de 2009
quarta-feira, 8 de abril de 2009
fim de tarde de incêndios.
caminhamos invisíveis,
habituando os olhos ao
brilho da luz que se refracta
nas montras. como
a alice dos dois lados do vidro,
que julga ser um espelho.
e o vidro é espelho.
não reflecte apenas o mundo,
impede-o de entrar pelas janelas.
‘fecha os olhos. ou não. tanto faz.’
jogos de mãos que percorrem
o interior do vazio.
e o exterior da pele.
pontas de longos dedos
tamborilam o tampo das
mesas de café.
à luz laranja das garrafas
falo-te da fragilidade do corpo
que culmina na dança.
e tenho medo de tocar-te nos pontos
mais frágeis. porque
o teu corpo só se ergue inteiro
quando te despedaças contra
os meus braços abertos.
enquanto dormias coloquei-te
sobre o mar.
e mergulhei de profundidade.
não conto a ninguém o que
vimos sob a pele nocturna.
o cérebro como uma medusa.
a pulsar contra a maré de músculos.
tremer de líquidos. apenas.
atravessei o quarto.
jornais pelo chão, pelo corredor,
enquanto continuavas
a boiar sobre a cama.
e o dia seguinte à loucura é
de grande desarrumação.
talvez por isso nos sintamos
desconfortáveis.
são os teus pulmões que
nos têm mantido à tona.
na dificuldade de movimento de
um corpo leve num mundo de
matéria densa.
‘não saias já. quero
convencer-te a ficar.’
mas quando amanhece
o amolador passa.
entre o silêncio e o encantamento
passa com a bicicleta pela mão e
a música repetitiva do seu
instrumento frágil
que perturbou infâncias.
e sobre as ruas começa a chover.
sempre foi fragmentária a
memória da imaginação.
fórmulas (adapt.)_tiago araújo
caminhamos invisíveis,
habituando os olhos ao
brilho da luz que se refracta
nas montras. como
a alice dos dois lados do vidro,
que julga ser um espelho.
e o vidro é espelho.
não reflecte apenas o mundo,
impede-o de entrar pelas janelas.
‘fecha os olhos. ou não. tanto faz.’
jogos de mãos que percorrem
o interior do vazio.
e o exterior da pele.
pontas de longos dedos
tamborilam o tampo das
mesas de café.
à luz laranja das garrafas
falo-te da fragilidade do corpo
que culmina na dança.
e tenho medo de tocar-te nos pontos
mais frágeis. porque
o teu corpo só se ergue inteiro
quando te despedaças contra
os meus braços abertos.
enquanto dormias coloquei-te
sobre o mar.
e mergulhei de profundidade.
não conto a ninguém o que
vimos sob a pele nocturna.
o cérebro como uma medusa.
a pulsar contra a maré de músculos.
tremer de líquidos. apenas.
atravessei o quarto.
jornais pelo chão, pelo corredor,
enquanto continuavas
a boiar sobre a cama.
e o dia seguinte à loucura é
de grande desarrumação.
talvez por isso nos sintamos
desconfortáveis.
são os teus pulmões que
nos têm mantido à tona.
na dificuldade de movimento de
um corpo leve num mundo de
matéria densa.
‘não saias já. quero
convencer-te a ficar.’
mas quando amanhece
o amolador passa.
entre o silêncio e o encantamento
passa com a bicicleta pela mão e
a música repetitiva do seu
instrumento frágil
que perturbou infâncias.
e sobre as ruas começa a chover.
sempre foi fragmentária a
memória da imaginação.
fórmulas (adapt.)_tiago araújo
‘desculpa.
devo-te um mundo.
devo-te uma alma inteira.’
mas sabes que não se deve
o que não se pode dar.
o perdoar só acontece de
alguma coisa feia e os
sorrisos agradecem-se
com dedos gelados.
sempre a tremer.
a tua alma, já disse, engoli-a.
agrafei o sentir ao tempo
e fechei-os numa caixinha de
picos melodia.
ouves? ouves as palavras ?
devo-te um mundo.
devo-te uma alma inteira.’
mas sabes que não se deve
o que não se pode dar.
o perdoar só acontece de
alguma coisa feia e os
sorrisos agradecem-se
com dedos gelados.
sempre a tremer.
a tua alma, já disse, engoli-a.
agrafei o sentir ao tempo
e fechei-os numa caixinha de
picos melodia.
ouves? ouves as palavras ?
terça-feira, 7 de abril de 2009
deve-se estar sempre embriagado.
para não sentir o tempo.
e se alguma vez acordais já
diminuída ou desaparecida a
embriaguez, perguntai a tudo o
que foge, a tudo o que geme, a
tudo o que fala, que horas são.
e o vento, a estrela, o relógio
responderão:
são horas de vos embriagardes
sem cessar! não com excitantes
vulgares, como o absinto, o café,
a eritroxílea ou mesmo a coca.
nada que tenha a ver com médicos.
nada de pura fisiologia.
quero provar que os buscadores de
paraísos fazem o seu inferno,
preparam-no, cavam-no com um
resultado cuja previsão talvez os
horrorizasse.
embriaguem-se de vinho,
de poesia, de virtude,
à vossa escolha.
os paraísos artificiais (adapt.)_baudelaire
foto:lina scheynius
caminham em linha recta.
na cegueira da luz.
nas intermitências das limitações,
fazem amor. fazem ódio. fazem nada.
nesse desajuste de vida dupla,
diz-lhe que em princípio, é um fim.
palavras que substituem, coexistem,
antecipam existências.
imensas, imersas no silêncio dos possíveis.
e não é com os lábios que se toca a alma.
é com possibilidades. que pedem força nos dedos
para desenhar encruzilhadas.
‘estás a ver as horas?’...
pede-lhe desculpa. pede-lhe que
acredite que quer muito ignorar as palavras.
reconciliar-se de camadas e contradições.
mesmo não sendo verdade, faz todo o sentido.
‘não te chateies, sim?’
e diz-lhe a simplicidade de partes
imensas do universo.
foto: "corrente"_rodrigo areias
na cegueira da luz.
nas intermitências das limitações,
fazem amor. fazem ódio. fazem nada.
nesse desajuste de vida dupla,
diz-lhe que em princípio, é um fim.
palavras que substituem, coexistem,
antecipam existências.
imensas, imersas no silêncio dos possíveis.
e não é com os lábios que se toca a alma.
é com possibilidades. que pedem força nos dedos
para desenhar encruzilhadas.
‘estás a ver as horas?’...
pede-lhe desculpa. pede-lhe que
acredite que quer muito ignorar as palavras.
reconciliar-se de camadas e contradições.
mesmo não sendo verdade, faz todo o sentido.
‘não te chateies, sim?’
e diz-lhe a simplicidade de partes
imensas do universo.
foto: "corrente"_rodrigo areias
segunda-feira, 6 de abril de 2009
domingo, 5 de abril de 2009
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