domingo, 30 de setembro de 2007
sábado, 29 de setembro de 2007
quinta-feira, 27 de setembro de 2007
terça-feira, 25 de setembro de 2007
domingo, 23 de setembro de 2007
sábado, 22 de setembro de 2007
quinta-feira, 20 de setembro de 2007
Theater Titanick
The ant is an earth-bound creature.
That is its nature and its destiny.
So what happens when an ant,
which normally crawls upon the
earth, wishes to rise into the air
and starts to dream about being
able to fly? Experience suggests that it is doomed to failure. But
is it not possible, that however unlikely, there might just be a chance?
"Insect" depicts the world as an insect state, in which these tiny
creatures take up the great human aspiration, the dream of flying.
quarta-feira, 19 de setembro de 2007
terça-feira, 18 de setembro de 2007
segunda-feira, 17 de setembro de 2007
foto:cinema-kleinhase.blogs.allocine.fr
Um menino, por fora
extremamente confiante,
forte e corajoso. Que não
teme nada nem ninguém.
Interiormente, tem muitos
medos e inseguranças. Medo
de crescer... Medo de responsabilidades... Medo de
compromissos... Medo da solidão.
www.cineplayers.com
Um menino, por fora
extremamente confiante,
forte e corajoso. Que não
teme nada nem ninguém.
Interiormente, tem muitos
medos e inseguranças. Medo
de crescer... Medo de responsabilidades... Medo de
compromissos... Medo da solidão.
www.cineplayers.com
European Theatre of Science
three theatre companies all actively
engaged in the production of science theatre.
Each company has a different emphasis and
approach but all three promote science theatre
and actively seek to break through the cultural
barriers between science and the arts
Spectrum Drama & Theatre Projects
Klara Soppteater
Pandemonia Produkties
Fantástico!
hoje é dia de coisas simples [...]
coisas simples como ir contigo ao restaurante
ler o horóscopo e os pequenos escândalos
folhear revistas pornográficas e
demorarmo-nos dentro da banheira
na ladeia pouco há a fazer
falaremos do tempo com os olhos presos dentro das
chávenas
inventaremos palavras cruzadas na areia... jogos
e murmúrios de dedos por baixo da mesa
beberemos café
sorriremos à pessoas e às coisas
caminharemos lado a lado os ombros tocando-se
(se estivesses aqui!)
em silêncio olharíamos a foz do rio
é o brincar agitado do sol nas mãos das crianças
descalças
hoje
doze moradas de silêncio
Al Berto
coisas simples como ir contigo ao restaurante
ler o horóscopo e os pequenos escândalos
folhear revistas pornográficas e
demorarmo-nos dentro da banheira
na ladeia pouco há a fazer
falaremos do tempo com os olhos presos dentro das
chávenas
inventaremos palavras cruzadas na areia... jogos
e murmúrios de dedos por baixo da mesa
beberemos café
sorriremos à pessoas e às coisas
caminharemos lado a lado os ombros tocando-se
(se estivesses aqui!)
em silêncio olharíamos a foz do rio
é o brincar agitado do sol nas mãos das crianças
descalças
hoje
doze moradas de silêncio
Al Berto
domingo, 16 de setembro de 2007
sexta-feira, 14 de setembro de 2007
Num mundo biofísico, a visão é um
somatório de luz incidente,
refracções, condução de
feixes eléctricos e criação
de imagens mentais.
Não deixa também de ser
a coordenação perfeita entre
um cérebro que produz emoções
e memórias e um olho que as
direcciona para um objecto.
Uma imagem passa a ter um atributo e nasce
o belo, a proporção,o sentimento do mundo material.
somatório de luz incidente,
refracções, condução de
feixes eléctricos e criação
de imagens mentais.
Não deixa também de ser
a coordenação perfeita entre
um cérebro que produz emoções
e memórias e um olho que as
direcciona para um objecto.
Uma imagem passa a ter um atributo e nasce
o belo, a proporção,o sentimento do mundo material.
hoje vou fugir contigo
vou levar-te a lugares que só eu sei
vou ensinar-te a subir às árvores
e a olhar o mundo inteiro lá de cima
vais aprender a reter a água
nas palmas das mãos
e talvez consigas à primeira
respirar o azul que o céu tem
e no fim vais perceber
que os dias são mais curtos
quando estamos juntos
Quando o verão acabar
José Ru Teixeira
vou levar-te a lugares que só eu sei
vou ensinar-te a subir às árvores
e a olhar o mundo inteiro lá de cima
vais aprender a reter a água
nas palmas das mãos
e talvez consigas à primeira
respirar o azul que o céu tem
e no fim vais perceber
que os dias são mais curtos
quando estamos juntos
Quando o verão acabar
José Ru Teixeira
Guardo-a num bolso descosido
como se fosse um menino. mais nada.
quero saber o que ela tem. ela tem
saudades da água funda. diz que a
água também tem uma primavera
e quese passa de estação quando se
muda de profundidade. diz que lhe
doem os cabelos enxutos. e que tem
saudades de quando se soltavam para
seguir o caminho que tinha o mar.
e que os fios molhados pareciam filhas
pequenas que íam atrás dela a nadar.
cada vez que a vejo, os meus olhos
esquecem-se. esquecem-se que podem
ver. fecham-se. desperdiçam-se. vez
após vez. perdem-se pela primeira vez.
esquecem-se que já a viram antes.
quando dorme, não acredita que tenha
estado acordada. quando se dá, não acredita
que possa pertencer a mais ninguém.
o amor não fala a quem o escuta.
a sereia não se deita, e eu não durmo.
(...)
como se fosse um menino. mais nada.
quero saber o que ela tem. ela tem
saudades da água funda. diz que a
água também tem uma primavera
e quese passa de estação quando se
muda de profundidade. diz que lhe
doem os cabelos enxutos. e que tem
saudades de quando se soltavam para
seguir o caminho que tinha o mar.
e que os fios molhados pareciam filhas
pequenas que íam atrás dela a nadar.
cada vez que a vejo, os meus olhos
esquecem-se. esquecem-se que podem
ver. fecham-se. desperdiçam-se. vez
após vez. perdem-se pela primeira vez.
esquecem-se que já a viram antes.
quando dorme, não acredita que tenha
estado acordada. quando se dá, não acredita
que possa pertencer a mais ninguém.
o amor não fala a quem o escuta.
a sereia não se deita, e eu não durmo.
(...)
Numa folha qualquer, desenho
um sol amarelo. E com cinco
ou seis rectas, é fácil fazer um
castelo. Colo o lápis em torno
da mão...e se faço chover, com
riscos tenho um guarda-chuva.
Se um pingunho de tinta cai num
pedaçinho azul de papel, num instante imagino uma gaivota
a voar no céu. Vai contornando a imensa curva norte-sul.
é tanto sol e mar num beijo azul...
entre as nuvens, surge um avião rosa e grená. Basta
imaginar e, se quiser, vai pousar.
vamos todos numa passarela da aguarela que um dia,
enfim, descolorirá...
Aguarela
um sol amarelo. E com cinco
ou seis rectas, é fácil fazer um
castelo. Colo o lápis em torno
da mão...e se faço chover, com
riscos tenho um guarda-chuva.
Se um pingunho de tinta cai num
pedaçinho azul de papel, num instante imagino uma gaivota
a voar no céu. Vai contornando a imensa curva norte-sul.
é tanto sol e mar num beijo azul...
entre as nuvens, surge um avião rosa e grená. Basta
imaginar e, se quiser, vai pousar.
vamos todos numa passarela da aguarela que um dia,
enfim, descolorirá...
Aguarela
Tudo passa, esvoa tão rápido como o tempo.
E sofremos de saudade: de saudade do que foi,
a menos cruel porque já
passou, de saudade do
futuro - que desconhecemos -,
de saudade do presente,
que sentimos bem o que é,
e por isso se torna a mais contorcida
de angústia... A vida é uma estrela
encantada e multicolor da lanterna-mágica
da minha infância....
Não se pode tactear: é brilho só, imagem
fugitiva apenas. Pois o que foi não se pode
reproduzir: nem com os mesmos beijos, o mesmo sol...
E um segredo não se repete.
Ter tido e ter... Apoteose!
Embalsamei o instante. Eis tudo.
Não ressuscito. Petrifico.
Fixador de Instantes
Mário de Sá Carneiro
E sofremos de saudade: de saudade do que foi,
a menos cruel porque já
passou, de saudade do
futuro - que desconhecemos -,
de saudade do presente,
que sentimos bem o que é,
e por isso se torna a mais contorcida
de angústia... A vida é uma estrela
encantada e multicolor da lanterna-mágica
da minha infância....
Não se pode tactear: é brilho só, imagem
fugitiva apenas. Pois o que foi não se pode
reproduzir: nem com os mesmos beijos, o mesmo sol...
E um segredo não se repete.
Ter tido e ter... Apoteose!
Embalsamei o instante. Eis tudo.
Não ressuscito. Petrifico.
Fixador de Instantes
Mário de Sá Carneiro
Beijo o degrau e o espaço.
O meu desejo traz o perfume da tua noite.
Murmuro os teus cabelos e o teu ventre,
ó mais nua e branca das mulheres.
Correm em mim o lacre e a cânfora,
descubro as tuas mãos, ergue-se a tua
boca ao círculo de meu ardente pensamento.
Onde está o mar? Aves bêbadas e puras que
voam sobre o teu sorriso imenso.
Em cada espasmo, eu morrerei contigo
Amor em Visita
Herberto Helder
quinta-feira, 13 de setembro de 2007
de orvalho e a teia já não será a rosa
que agora é. Mas o mundo não tem que
ser apenas este incessante jogo de opostos
dia/noite, calor/frio, amor/ódio, vida/morte.
Também existe a madrugada.
Nem o frio da noite, nem o calor pesado do dia.
A madrugada como aquele intervalo entre um pensamento e o
Também existe a madrugada.
Nem o frio da noite, nem o calor pesado do dia.
A madrugada como aquele intervalo entre um pensamento e o
seguinte em que, por um instante, somos apenas.
Cada instante é um lugar perdido em que
te entregas à passagem do tempo.
A juventude é um vício que perdemos
inevitavelmente. Dizer: é breve o amor,
efémera a vida.
Somos uma instância museológica, algo anacrónico
que aprende a perdurar pelo medo de morrer.
Toca-me, conjuga um verbo que conheças no
presente do indicativo, soletra-o na segunda
pessoa do singular ao meu ouvido, dá-me
qualquer coisa que me pareça eterno.
Basta-me que o teu olhar me encontre.
Para Morrer
José Rui Teixeira
te entregas à passagem do tempo.
A juventude é um vício que perdemos
inevitavelmente. Dizer: é breve o amor,
efémera a vida.
Somos uma instância museológica, algo anacrónico
que aprende a perdurar pelo medo de morrer.
Toca-me, conjuga um verbo que conheças no
presente do indicativo, soletra-o na segunda
pessoa do singular ao meu ouvido, dá-me
qualquer coisa que me pareça eterno.
Basta-me que o teu olhar me encontre.
Para Morrer
José Rui Teixeira
Ela queria fazer tudo...
picar-se no dedo, morder a maçã, seguir o coelho
mas ao fechar os olhos
esborrataram-se os sonhos...
afundada no seu apertado vestido de noite
dorme entre cristais
os olhos fechados
a boca fechada
o sexo fechado
uma caixa de cristal dentro de outra caixa de cristal
Bela Adormecida
Miriam Reyes
picar-se no dedo, morder a maçã, seguir o coelho
mas ao fechar os olhos
esborrataram-se os sonhos...
afundada no seu apertado vestido de noite
dorme entre cristais
os olhos fechados
a boca fechada
o sexo fechado
uma caixa de cristal dentro de outra caixa de cristal
Bela Adormecida
Miriam Reyes
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